Gente...educar uma criança a base do medo faz bem?
Vejo muitos educarem seus filhos a base do castigo, da chantagem, de botar medo neles , será que tudo isso funciona de maneira que ele seja um adulto feliz e consciente?
Não, claro que não.
Crescerão revoltados, poderão tornar-se adultos agressivos ou então manterão uma baixa auto-estima que em nada os ajudará a ser adultos felizes.
São os adultos que são responsáveis pelas novas gerações que temos porque foram eles que as educaram para serem assim.
A responsabilidade é de todos.
Crescerão revoltados, poderão tornar-se adultos agressivos ou então manterão uma baixa auto-estima que em nada os ajudará a ser adultos felizes.
São os adultos que são responsáveis pelas novas gerações que temos porque foram eles que as educaram para serem assim.
A responsabilidade é de todos.
Ghandi dizia que “a verdadeira educação consiste em pôr a descoberto o melhor de uma pessoa”. Nisto é preciso a arte de educar, a mais difícil e mais bela de todas.
Certa vez Michelangelo viu um bloco de pedra e disse: “aí dentro há um anjo, vou colocá-lo para fora!” Depois de algum tempo, com o seu génio de escultor, fez o belo trabalho. Então lhe perguntaram como tinha conseguido aquela proeza. Ele respondeu: “o anjo já estava aí, apenas tirei os excessos que estavam a sobrando”. Educar é isto, é ir com paciência e perícia tirando os maus hábitos e descobrindo as virtudes, até que o “anjo” apareça.
Certa vez Michelangelo viu um bloco de pedra e disse: “aí dentro há um anjo, vou colocá-lo para fora!” Depois de algum tempo, com o seu génio de escultor, fez o belo trabalho. Então lhe perguntaram como tinha conseguido aquela proeza. Ele respondeu: “o anjo já estava aí, apenas tirei os excessos que estavam a sobrando”. Educar é isto, é ir com paciência e perícia tirando os maus hábitos e descobrindo as virtudes, até que o “anjo” apareça.
Michel Quoist dizia “que não é para si que os homens educam os seus filhos, mas para os outros e para Deus”.
“é na educação dos filhos que se revelam as virtudes dos pais”. Também ensinava que a educação não pode ser feita pelo medo, já que “a educação pelo medo deforma a alma”.
De fato, educar é promover o crescimento e o amadurecimento da pessoa humana em todas as suas dimensões: material, intelectual, moral e religiosa. Por isso, educação não se aprende só na escola, mas principalmente em casa. Às vezes se ouve dizer: “ele é analfabeto, mas é muito educado”. Não adianta ser doutor e não saber tratar os outros; não cumprir com a palavra dada; não se comportar bem; trair a esposa e os filhos; não ser gentil; não ser afável, etc. Sem dúvida, a educação é a melhor herança que os pais devem deixar aos filhos; esta ninguém pode lhes roubar nem destruir.
A educação não é só para as crianças e jovens; é para todos; é uma tarefa que nunca termina na vida. Aliás, alguém disse que a vida é uma escola que nunca tem férias. Cada encontro novo, cada conversa boa, cada aula, cada fato novo, cada livro, acrescenta algo em nossa educação. Na vida, aprendemos com a experiência, nossa e dos outros. É muito mais sábio quem aprende com a experiência dos outros, sem ter que sofrer com os próprios erros.
Ramalho Ortigão afirmou que “o homem sem educação, por mais alto que o coloquem, permanece um subalterno”.
Ramalho Ortigão afirmou que “o homem sem educação, por mais alto que o coloquem, permanece um subalterno”.
“Educar é conquistar o coração, animá-lo com alegria e satisfação em busca do bem”.
E como os pais devem conquistar os seus filhos?
Não deve ser com dinheiro, chantagens e outras artimanhas. Muitos pais erram grosseiramente nisto. Pensam que dando aos filhos tudo o que eles querem roupas da moda, tenis de marca, programas mil, poderão conquistá-los. Não será assim; se o fosse, os pobres não teriam como educar os seus filhos.
O pai há de conquistar o filho “por aquilo que ele é”, e não por aquilo que tem e que lhe dá; isto é, o pai conquistará o filho pelo respeito que lhe dedica, pelo tempo que gasta ao seu lado, pelo consolo que lhe oferece nas horas de dificuldade, pelos passeios que faz com eles, pela ajuda dedicada naquele problema da escola, por sua honestidade pessoal e profissional, pelo bom nome que cultivou, pela dedicação à família, pelo amor e fidelidade à esposa e aos filhos, etc... O mesmo vale para a mãe.
Como é bela aquela frase do Pequeno Príncipe que diz assim:
“Foi o tempo que gastaste com tua rosa, que fez tua rosa tão importante”.
Caro pai, cara mãe, é todo o tempo, dinheiro, dedicação, carinho, atenção... que você gastar com o seu filho, que vai fazê-lo tão importante para você, e que também vai fazê-lo importante para ele.
Como poderá um filho ouvir os conselhos de um pai que não conquistou o seu respeito e admiração?
Como poderá um filho acatar os ensinamentos de um pai que não o respeita, que trai a sua mãe, ou que não tem responsabilidade profissional?
Um dia vi um adesivo pregado em um automóvel, e que dizia: “Adote o teu filho antes que o traficante o faça!”
Eu preferiria escrever: “Conquiste o teu filho antes que o traficante o faça!”
Se hoje, nós pais, não conquistarmos os nossos filhos, se não nos tornarmos “amigos” deles, os perderemos. Só há um jeito hoje de acabar com o uso das drogas: amando e conquistando os filhos na família. Todo o combate ao narcotráfico será em vão enquanto houver jovens carentes do amor dos seus pais. Infelizmente a droga se alastra, mais por culpa da decadência moral e familiar do que pela força do narcotráfico. Se não houver filhos carentes, o traficante ficará só.
Eis aqui o cerne da questão da educação dos filhos hoje. Ou nós os cativamos pela amizade, pelo diálogo e pelo respeito, ou poderemos perdê-los para o mundo.
De muitas maneiras os pais perdem os seus filhos.
Um grave erro dos pais é não ter tempo para eles. Trabalham, trabalham e trabalham... e o tempo escasso que sobra não podem estar com os filhos porque precisam descansar, e fazer outras coisas. Ora, educar os filhos é uma tarefa que exige “estar com os filhos”. É acompanhando-os no dia-a-dia que temos a oportunidade de corrigi-los. Além do mais, os pais precisam participar da vida dos filhos, para que eles se sintam valorizados e amados. A principal carência dos nossos jovens hoje é a falta de amor dos pais, que se manifesta na ausência e na omissão destes.
Os filhos crescem rápido; não mais do que 18 anos e eles já estão se separando de nós para viver a própria vida. O que não foi feito na hora certa, não poderá ser feito depois.
Outro erro grosseiro de alguns pais é corrigir os filhos de maneira grosseira e na hora inoportuna.
Há pais que subestimam os filhos, os tratam com desdém, desprezo. Há pais que ao corrigir os filhos, o fazem com grosseria, palavras ofensivas, marcantes e aos berros, impondo o medo, encouraçando a alma da criança. O pior de tudo é quando chamam a atenção dos filhos na presença de outras pessoas, irmãos ou amigos. Isto humilha o filho e o faz odiar o pai ou a mãe.
Ao corrigir o filho, deve-se chamá-lo a sós, fechar a porta do quarto e conversar com firmeza, mas com polidez, sem gritos, ofensas e ameaças, e de forma alguma deve-se bater no filho, pois este não é o caminho do amor, mas muitas vezes os pais batem nos filhos apenas com as palavras ditas aos gritos, sufocando o seu choro impondo o respeito pelo medo e não pelo amor.
Sobretudo é importante dizer, que os pais não podem descarregar sobre os seus filhos os próprios nervosismos e preocupações. Muitas vezes isto acontece e é um desastre na educação. Uma regra há de ser sempre seguida: Nunca corrigir o filho quando se estiver nervoso pois certamente se fará algo errado. Um coração agitado e uma mente aflita não têm a mínima condição para corrigir com equilíbrio. Educamos pelo exemplo e desta forma estamos mostrando o nosso desequilíbrio e descarregamos nos filhos a nossa ira e o nosso desejo de poder em outras palavras isso é adestrar e não educar.
Podemos dizer com certeza que todas as vezes que falamos e agimos com a alma perturbada, acabamos fazendo algo errado, do qual nos arrependemos depois, muitas vezes ficamos envergonhados de nós mesmo. Até mesmo os animais são melhor adestrados com mansidão, quanto mais os nossos filhos!
A criança aprende mais por imitação do que por convicção. Se ela vê o pai e a mãe gritarem, ela também grita; se ela vê os pais baterem, ela bate também nos irmãos menores; se ela vê os pais rezarem, ela reza; se ela ouve os pais dizerem palavrões, ela diz também.
Insisto neste ponto: o filho só aceitará a instrução do seu pai ou de sua mãe, se os respeitar e admirar pelo seu próprio valor. Para isto é fundamental que os pais tratem os filhos, desde pequenos, com atenção, seriedade e respeito.
“Educa-se mais por aquilo que se é do que por aquilo que se ensina”.
Quase que inconscientemente os pais transmitem para os filhos o seu comportamento e o seu equilíbrio. Toda a segurança e apoio dos filhos está nos pais. Quando estes estão nervosos e descontrolados, os filhos sentem-se, imediatamente inseguros e desnorteados, sem ter em quem se apoiar. Esses desequilíbrios geram traumas marcantes na vida da criança e do jovem, às vezes, por toda a vida.
Essa carência afetiva gerada pela falta de respeito a criança traz conseqüências imediatas como doenças gripes resfriados processos alérgicos, e no futuro a educação que gera o medo tira a confiança e o dialogo com os pais, os filhos se afastam e vão se respaldar em amigos , gangs, não poderão se abrir com os pais com medo da punição, ficarão travados, angustiados e daí é um pulo para a droga.
Transferimos para os nossos filhos todas as nossas angústias, emoções e problemas que vivemos; portanto, é preciso poupá-los disso tudo.
Alguns pais confundem autoridade com autoritarismo, gerando revolta nos filhos. Outros pais são frios e distantes, e não se dão conta das angústias dos filhos.
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